Patronos

D. Miguel de Almeida nasceu em 1950  e foi o 4º conde de Abrantes e alcaide-mor de Abrantes, tomou parte ativa na conjura preparatória da Revolução de 1.º de Dezembro de 1640, tendo sido ele quem estabeleceu contacto com João Pinto Ribeiro, agente da Casa de Bragança.
Nessa manhã participou do assalto ao Paço da Ribeira, encarregando-se de dar o sinal para a revolta, com um tiro de pistola, e de aclamar D. João IV da janela, perante o povo. Seguidamente, assomou a uma das janelas que deitavam para o terreiro e daí gritou ao povo que se juntara diante do palácio: “Liberdade, Portugueses! Viva El-Rei D. João IV!
O novo monarca fê-lo Vedor da Fazenda e membro do Conselho de Estado.
Veio a falecer, sem descendência, em 28 de Novembro de 1650, tendo sido enterrado na hoje destruída Capela de São Roque, na Igreja do Convento do Carmo, em Lisboa.

Miguel_de_Almeida,_Conde_de_Abrantes

Francisco Eduardo Solano de Abreu nasceu a 19 de Julho de 1858 em Abrantes, tendo-se formado em Direito pela Universidade de Coimbra em 1885. Embora tenha exercido advocacia e a magistratura, foi noutras áreas que se tornou conhecido na sociedade abrantina, nomeadamente como empresário agrícola e sobretudo na área de assistência social, onde a sua filantropia o tornou estimado de muita gente a quem ajudou a minorar múltiplas carências socioeconómicas. A título de exemplo refira-se a fundação em 1921 da Sopa dos Pobres ligada ao Montepio Abrantino a cujos corpos sociais pertenceu.
Pelas suas atividades humanitárias recebeu o grau de Comendador da Ordem de Benemerência e a medalha de Mérito, Filantropia e Generosidade.
Homem de cultura e amante das atividades cénicas, foi diretor do jornal “Correio de Abrantes e escreveu romances e peças de teatro, como a revista “No País da Aletria” que foi representada no desaparecido Teatro Ator Taborda.
Solano de Abreu faleceu em 1941.

Maria Lúcilia Moita nasceu em Alcanena em 1928 e morreu em 22 de agosto de 2011, em Abrantes, onde residia desde 1954. Foi nesta cidade que, ao longo de 50 anos, desenvolveu um percurso criativo, tanto no campo das artes plásticas como da escrita.
Foi considerada das últimas herdeiras dos pintores naturalistas (casos de Silva Porto e Henrique Pousão). Durante vários anos, abriu as portas do seu atelier e visitas de grupos escolares, num gesto de serviço à comunidade local: “A pintura para mim não é um passatempo, é uma exigência”, costumava dizer.

A sua arte está representada em coleções particulares nacionais e estrangeiras e ainda em museus como o do Chiado, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Museu José Malhoa, Casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves, Museu de Setúbal entre outros.

Maria de Lourdes Pintasilgo nasceu em Abrantes, na freguesia de S. João, em 18 de janeiro de 1930 e faleceu a 10 de julho de 2004, licenciou-se em Engenharia Químico-Industrial, pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa, numa época em que eram poucas as mulheres que enveredavam pela área da engenharia. Iniciou a sua carreira profissional, em setembro de 1953, como investigadora na Junta de Energia Nuclear, na qualidade de bolseira. Além de engenheira química, foi dirigente eclesial e política portuguesa. Foi a única mulher que desempenhou o cargo de primeira ministra em Portugal, tendo chefiado o V Governo Constitucional, em funções de julho de 1979 a janeiro de 1980.

Em homenagem ao seu impacto na sociedade portuguesa enquanto antiga aluna, o Instituto Superior Técnico (IST) instituiu em 2016 o “Prémio Maria de Lourdes Pintasilgo” como forma de promover a igualdade de género no IST e reconhecer o papel crucial que as mulheres desempenham em todas as áreas da engenharia. Foi eleita membro do Conselho Executivo da UNESCO, pelo reconhecimento das suas capacidades na resolução de problemas difíceis e pelo seu conhecimento profundo em matérias como ciências, educação e cultura.

No final dos anos setenta, foi considerada uma prestigiosa intelectual, com uma reconhecida carreira política em Portugal e no estrangeiro.